21.07.2009
Rio de Janeiro - RJ
BRASIL(CBJ) CONVOCA SELEÇÃO PARA O MUNDIAL.
País será representado por 13 judocas em agosto, na Holanda. João Derly, bicampeão mundial, não competirá no evento
A Confederação Brasileira de Judô apresentou nesta terça-feira (21) os 13 judocas que representarão o Brasil no Campeonato Mundial Sênior, em Roterdã, na Holanda, de 26 a 30 de agosto. O país será representado na competição por Sarah Menezes (-48kg), Érika Miranda (-52kg), Rafaela Silva (-57kg), Danielli Yuri (-63kg), Maria Portela (-70kg), Rochelle Nunes (+78kg), Denílson Lourenço (-60kg), Leandro Cunha (-66kg), Leandro Guilheiro (-73kg), Nacif Elias (-81kg), Tiago Camilo (-90kg), Luciano Corrêa (-100kg) e Daniel Hernandes (+100kg).
“O Grand Slam do Rio de Janeiro e a Copa do Mundo de Belo Horizonte foram a arrancada do Brasil rumo ao Mundial da Holanda. Um investimento que já superou a verba usada em todo o último ciclo olímpico e oportunizou os atletas a ganharem pontos no ranking e estarem hoje sendo anunciados para representar o país no Mundial. De 2003 para cá nossos judocas já somaram nove medalhas três mundiais, ficando apenas uma atrás de todo o histórico de participações anteriores”, diz o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira.
O Coordenador Técnico Internacional da CBJ, explicou o critério utilizado para a escolha dos judocas.
“Desde 2007 que abolimos as seletivas internas, portanto, usamos o critério de quem este atleta venceu em eventos internacionais. Cada judoca foi direcionado para o evento em que haveria maior chance de ter o objetivo alcançado. Os mais jovens foram para copas do mundo, onde há a repescagem e, com isso, a maior chance de ganhar bagagem internacional. Os mais experientes nós enviamos para lutar em torneios maiores, como grand slam”.
Caras novas na lista de convocados, o meio-médio Nacif Elias e a leve Rafaela Silva já fazem planos para a competição:
“Sabia que competir bem no exterior faria diferença para garantir a vaga para o Mundial. Achei até que seria mais difícil, já que sou jovem e não conheço tanto as atletas do meu peso”, diz Rafaela, 17 anos, campeã mundial júnior em 2008 e que subiu ao pódio no Grand Slam do Rio de Janeiro e nas Copas do Mundo de Madrid e Belo Horizonte este ano. “Ocupar a vaga que era da Ketleyn é uma responsabilidade, mas estou preocupada apenas em treinar mais e mostrar o meu judô”, completa a judoca nascida na Cidade de Deus, que ganhou a posição de Ketleyn Quadros, primeira medalhista olímpica do Brasil em esportes individuais no feminino.
“Sei que no mundial vou ter que entrar com muita concentração para surpreender e não ser surpreendido”, afirma o capixaba Nacif Elias, 20 anos. “Depois da medalha no Grand Slam do Rio não acredito que seja mais um atleta completamente desconhecido. Fico feliz que a CBJ apostou na renovação”, diz o judoca, que disputava a posição de titular com Flávio Canto.
Os experientes Luciano Correa e Leandro Guilheiro farão em Roterdã sua terceira participação em mundiais.
“Pelo primeira estou competindo sem dor, no melhor da minha forma física”, comemora o duas vezes medalhista olímpico Leandro Guilheiro.
“Esse ano está sendo muito bom para mim. Logo depois de Pequim reformulei minha forma de treinar e os resultados estão provando que foi uma melhora bastante significativa”, acredita o atual campeão mundial e líder do ranking da Federação Internacional de Judô, Luciano Corrêa.
João Derly não disputa o Mundial
O bicampeão mundial João Derly não poderá defender seu título este ano. O meio-leve sofreu uma séria lesão nos músculos abdominal e adutor direitos durante treinamento em Belo Horizonte, no último dia 8 de julho. O judoca foi avaliado pelo médico da Confederação Brasileira de Judô, Breno Schor, que considerou prematura a volta de Derly às competições:
“João não teve o tempo adequado para recuperação e participar de uma competição forte como o Mundial poderá agravar o quadro e desenvolver uma lesão crônica no local”, explica o médico. “Lutar o Mundial seria um sacrifício muito grande para o atleta, que não estaria em sua forma ideal. Ele teria apenas três semanas para estar totalmente recuperado e atingir seu pico técnico para lutar por uma medalha”, completa Schor.
A decisão de não participar do Mundial de Roterdã partiu de uma conversa conjunta entre o médico Breno Schor, o coordenador técnico e o João Derly.
“Claro que fica um sentimento ruim por não poder lutar o Mundial, ainda mais depois de dois títulos. Mas chega uma hora que é preciso cuidar do corpo e não forçar a barra”, diz Derly, que ainda sente bastante dor na região machucada. “É uma lesão em um lugar ruim, que uso muito para os golpes. O tempo de recuperação correto é de seis a oito semanas, e não teria esse tempo para estar bem. Não dá para abreviar o tratamento”, lamenta o judoca, que tem a companhia da esposa Gabriela durante a temporada de fisioterapia em São Paulo.
O judoca ficará na capital paulista, em tratamento no Instituto Vita, até meados de agosto, quando retorna a Porto Alegre para dar início aos primeiros treinos com quimono. A volta às competições deverá ocorrer a partir de outubro.
“O mais importante para nós é recuperar o João 100% para que ele esteja em plenas condições de lutar pela vaga olímpica a partir do ano que vem. Esta temporada é a única que não vale pontos para a lista que definirá os classificados para Londres 2012, e por isso ele tem tempo para trabalhar com calma e curar as lesões. A partir de 2010, cada competição contará para as Olimpíadas e João precisa estar inteiro para buscar sua vaga”, afirma o coordenador técnico da seleção brasileira.
“A principal preocupação é mesmo quanto a ranking olímpico e tenho que estar bem em 2010 para lutar pela vaga. Estou confiante, pois há uma equipe muito boa cuidando de mim, gente que entende de atleta”, diz João Derly, que faz fisioterapia sob os cuidados de Nilton Petroni, o Filé, e sua equipe no Vita, sob orientação do médico Breno Schor.
SAIBA MAIS SOBRE O MUNDIAL DE ROTERDÃ:
Fonte: cbj
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
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