sábado, 26 de dezembro de 2009

Nusman manda um recado, Volei é um exemplo a ser seguido.

22.11.2009
Rio de Janeiro - RJ


Nuzman crê que vôlei é o exemplo a ser seguido no esporte.
Presidente do COB quer que confederações esportivas sigam a profissionalização do vôlei para Brasil não fazer feio em 2016

Seguir o modelo de gestão profissional adotado em sua administração à frente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) foi o recado dado pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, para o país não dar um vexame na disputa dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio-2016.

O dirigente reuniu nesta segunda-feira as confederações esportivas para iniciar o trabalho de transformar o Brasil em uma potência olímpica.

– Volto ao exemplo da montagem do vôlei, em 1977. E sete anos depois foi medalha de prata (nos Jogos de Los Angeles) – ressaltou Nuzman.

O presidente do COB, também mandatário do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016, foi claro ao dizer que as confederações precisam fazer escolhas. E, em tom incisivo, decretou que os investimentos para a Rio-2016 sejam feitos somente em atletas em condições de ganhar medalhas.

– Vamos trabalhar quem está no foco para 2016. Aqueles que não estiverem, nós temos que apenas manter no esporte e agradecer. E nós sabemos que têm muitos esportes que vão ter de tomar atitudes mais duras, que vai implicar em questões políticas – frisou o presidente do COB.

Indagado sobre seu conceito de potência olímpica, Nuzman não se pronunciou. Afirmou que daria a explicação em um momento oportuno.

Mas na mensagem do COB, destinada aos atletas e torcedores brasileiros, ao fim dos Jogos de Pequim, redigida em 28 de agosto de 2008, Nuzman demonstrou seu pensamento sobre a questão. Ressaltou que, para se ter um campeão olímpico são necessários exemplos de atletas vitoriosos mundialmente, regionalmente e nacionalmente para inspirar a juventude. Recordou que outros países chegaram ao topo por investirem maciçamente e há um longo tempo no esporte.

– Por isso, o aumento dos investimentos no esporte se faz cada vez mais necessário se quisermos manter a trajetória de crescimento do esporte olímpico no Brasil e transformá-lo numa potência olímpica – escreveu Nuzman.

Bate-Bola com Marcus Vinícius Freire - Superintendente do COB

Lancenet!: O que fazer para o Brasil se transformar numa potência olímpica e ir bem em 2016?
Temos de agir em três focos: ir bem nos Jogos que antecedem o evento do Rio (Londres-2012), dar o passo principal em 2016 e depois pensar no futuro. Sydney (AUS) fez exatamente isso. Atenas (GRE), por sua vez, deu uma capengada depois de 2004. Vamos ver como será o desempenho da China em Londres.

Já é possível fazer uma previsão de medalhas para 2016?
Nós temos um estudo dos nossos possíveis medalhistas, mas não vamos fazer previsões de medalhas sete anos antes da Olimpíada. Quem adivinhar isso agora será um gênio. Nós vamos ouvir as confederações e a meta do COB será a soma das metas do que nos for apresentado. Aí, caminharemos passo a passo: Sul-Americano de 2010, Pan-Americanos de 2011 e 2015.

O que o COB pode fazer para ajudar as confederações?
Nosso plano é trazer mais técnicos estrangeiros para ajudar no desenvolvimento dos nossos atletas. Para trabalharem na preparação dos atletas e equipes com potencial de conquista de medalhas. Também pretendemos anunciar a contratação de um consultor internacional para nos ajudar neste trabalho.

Cronograma das confederações:
30 de novembro
É a data limite para todas as confederações apresentarem ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) suas metas e projetos iniciais visando aos Jogos Olímpicos Rio-2016.

11 de dezembro
Até esta data, o departamento técnico do COB irá avaliar os projetos apresentados pelas confederações.

Entre 14 e 22 de dezembro
Neste período, o COB marcará uma nova reunião com as confederações a fim de discutir os projetos apresentados. Neste encontro, a entidade irá dizer se concorda ou não com o que foi apresentado e se serão necessárias mudanças nos planos.

Ajuda do COB
Para auxiliar no trabalho das confederações, a entidade informou que pretende colocar à disposição delas um profissional, pago pelo COB, que irá ajudar na elaboração dos projetos a serem entregues até o dia 30.
Valores da Lei Piva
Em 2010, o COB vai manter a distribuição dos valores de 2009 para as confederações. Somente serão feitas algumas correções monetárias. Mas para 2011 mudanças nos valores serão feitas, para mais ou para menos, de acordo com projetos e resultados.

Divulgação: JUDÔinforme

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