sábado, 26 de dezembro de 2009

Eleições destapam crise profunda no Judô(POR).

09.12.2009
Lisboa - POR


Judô de Portugal sofre graves problemas.
Modalidade sofre graves problemas financeiros, falta de praticantes e ausência de medalhas olímpicas. Eleições no dia 8 de Dezembro colocam em confronto duas listas: a A aposta na continuidade; a lista B faz avaliação muito negativa.

Clientelismo e desresponsabilização, incumprimento dos regulamentos, planos de actividade avulsos sem suporte financeiro e ostracismo de treinadores de clubes são apenas algumas das críticas que a Lista B, liderada por Jorge André Ferreira, dirige à actual direcção da Federação Portuguesa de Judo (FPJ), liderada por António Lopes Aleixo, candidato pela Lista A às próximas eleições da Federação, do dia 8 de Dezembro.

O actual presidente da FPJ refuta completamente essas críticas, considerando-as "profundamente injustas" e "puras mentiras" sobre um direcção que é "completamente amadora", aceitando apenas como verdade as questões relacionadas coma as áreas técnicas, o que pretende "rectificar, caso vença, com um maior aproximação dos técnicos e clubes à FPJ".

Todavia, para Jorge André Ferreira existe neste momento um "descontentamento de atletas, clubes e associações, provocado por uma total desarticulação entre a direcção da FPJ e a modalidade".

A "inexistência de uma ficha de atleta e um plano de actividades desfasado da área económica" são dois dos problemas mais graves que a modalidade vive", atira o antigo praticante. "Realiza-se um trabalho avulso, com apoios pontuais, agravado pela má relação que existe com treinadores e atletas. A modalidade está estagnada há dez anos, mantendo os mesmos 12 000 praticantes. Os resultados dos melhores atletas, como a Telma Monteiro e João Neto, não são potencializados pela modalidade e acontecem por acaso, ou pelas virtudes de atletas e treinadores. Não por um trabalho apoiado pela federação", acusa.

Jorge André Ferreira defende que é inconcebível a existência de "clientelismo "na modalidade, "pessoas com privilégios, pagos para não fazer nada", acrescenta, referindo-se a um inquérito pedido por algumas associações a propósito da relação de Frederico Salgado (vice-presidente) com a empresa que dá suporte informático à FPJ. Mas, o líder da Lista B vai mais longe e não poupa o actual presidente da FPA, António Aleixo, de "não dar a face" pela modalidade, permitindo alegadas irregularidades no judo, como, é segundo o mesmo, o "incumprimento do processo eleitoral, assim como a desarticulação no plano financeiro, por incapacidade e falta de organização", conclui.
Divulgação: JUDÔinforme

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