02.05.2009
São Paulo - SP
Mesmo consagrado, Guilheiro segue em busca de patrocinadores .
A crise financeira mundial teve reflexos diretos no esporte. Uma das vítimas acabou sendo o judoca Leandro Guilheiro, da seleção brasileira. Mesmo com duas medalhas olímpicas, o bronze em Atenas e o bronze em Pequim, o santista confessou nesta última quarta-feira que teve boa parte do seu auxílio financeiro restrito após as Olimpíadas da China.
"A crise dificultou muito a busca por patrocínios. Perdi cerca de 70 a 80% do meu patrocínio com a GOL (empresa de transporte aéreo), então continuo indo atrás. Hoje, existe patrocínios específicos para cada esporte, aí fica difícil", afirmou o judoca, relatando que não possui um patrocínio pessoal e conta apenas com o apoio do Pinheiros, seu atual clube.
Mesmo consagrado nos tatames e com grande exposição na mídia, o judoca não obteve nenhum contato depois das Olimpíadas de Pequim e, por sua vez, culpa o tratamento dado ao judô como principal responsável pela falta de incentivo neste esporte, que é o segundo mais vitorioso em medalhas olímpicas, com 15 conquistas.
"Eu, por exemplo, tive uma exposição no ano passado de 18 a 20 milhões de reais em televisão, jornal e outros meios. Entretanto, não obtive nenhum patrocínio ainda, estou na busca. Infelizmente, o judô é marginalizado no Brasil, deveria ser visto com um maior carinho", opinou Guilheiro.
O judoca também criticou a forma abordada pelas empresas para patrocinarem os esportes olímpicos no país. Para Guilheiro, os incentivos financeiros são ligados à atletas que possuem uma grande imagem e exposição na mídia, mesmo quando estes não possuem mais capacidade de conquistar um resultado expressivo no cenário mundial.
"O importante seriam estes patrocinadores focarem no resultado, naqueles caras que poderiam conquistar algo grande. Infelizmente no Brasil, e isso não se restringe ao judô, tem muito incentivo por indicação, nesta base, esquecendo do potencial esportivo", encerrou o bimedalhista olímpico.
José Edgar de Matos
Fonte: GE.net
Imprime essa Notícia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário