12.03.2009
São Paulo - SP
Brasil comemora mudança nos critérios de classificação olímpica do judô.
Por conta de reclamações, a entidade anunciou que valerão só pontos obtidos a partir de 1º de maio de 2010. "Foi melhor para o Brasil e para a maioria dos países. Mas houve gente que investiu muito nos últimos meses, como o Japão, que pode não gostar", diz Ney Wilson, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô.
O dirigente irá se reunir neste fim de semana, em Salvador, com a comissão técnica da seleção para reprogramar o calendário de eventos que os brasileiros irão disputar neste ano.
'Vamos reavaliar, tirando o pé do acelerador", afirma.
Por trás do discurso de mecânica de automóveis, está a chance de economizar em viagens em 2009 e concentrar gastos a partir 1º de maio de 2010, quando o ranking começa a valer para definir vagas nos Jogos.
Até judocas prejudicados pela mudança acharam benéfica a diminuição do período para acumular pontos. É o caso de Luciano Corrêa, oitavo no ranking dos meio-pesados, mas cujos pontos já obtidos não servem para a obtenção da vaga olímpica. 'Para o Brasil, foi bom. Para mim, nem tanto."
Leandro Guilheiro, bronze em Atenas-04 e Pequim-08 festejou a mudança. "Para quem não tem tanta condição de viajar, melhorou um pouco."
O leve, porém, critica a concentração de torneios em um só continente. "A coisa continua centralizada. Se não me engano, de 17 torneios [que valem pontos], 10 são na Europa."
Para ele, mesmo assim, não será necessário visitar tanto o velho continente neste ano.
"Podemos abrir mão de uma viagem para guardar recursos para os próximos anos. Mas não podemos perder totalmente o contato com o mundo."
Tiago Camilo, campeão do Mundial-07, diz que, independentemente da nova regra, pretende fazer muitos torneios fora do país. "Como subi de categoria [para os médios], quero disputar o maior número de provas, para conhecer rivais."
A mudança da FIJ foi tentativa de transpor o ranking do tênis para o judô. Modalidade de contato, o esporte dos tatames, porém, não admite que seus atletas disputem tantos torneios no ano. "Além disso, o tênis tem patrocínios mais fortes do que o judô", diz Guilheiro.
Fonte: FGJ
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário