05.02.2009
Rio de Janeiro - RJ
Brasil terá mais dois representantes, que bancaram as suas despesas.
No fim de semana, será disputado o Grand Slam de Paris, o primeiro torneio que conta para o ranking mundial - que começa a ser computado em 2009, vale até 2012 e define os classificados para os Jogos Olímpicos. A CBJ vai levar para a França apenas quatro atletas e o Brasil terá mais dois representantes, que bancaram as suas despesas para poder disputar a competição.
Estarão em Paris, pela confederação, Sarah Menezes (-48kg), Ketleyn Quadros (-52kg), Camila Minakawa (-63kg) e Luciano Correa (-100kg). Daniela Polzin (-48kg) e Hugo Pessanha (-90kg), segundo o coordenador da CBJ, Ney Wilson, viajam por conta própria.
"Nós montamos a lista de atletas que gostaríamos de levar, mas uma série deles acabaram fora por uma série de motivos. Tivemos oito judocas vetados pelo nosso departamento médico. E um deles, o Tiago Camilo, pediu dispensa", justificou Wilson, ao ser questionado sobre o tamanho da equipe em um dos torneios mais importantes do semestre.
Atleta da seleção brasileira, Daniel Hernandes participou das últimas competições internacionais pelo país, mas, ao ser procurado pela reportagem, disse que ninguém da CBJ entrou em contato para falar sobre Paris. Wilson respondeu que, na categoria do judoca, o selecionado para a primeira competição foi João Gabriel Schlittler, que se recupera de cirurgia no joelho e foi vetado pelos médicos.
"Não sei porque não fui convocado. Sei que desde o começo do ano eles [CBJ] disseram que não convocariam todo mundo para as primeiras competições do ano. Só a partir de maio, na Rússia, é que eles passariam a levar o time completo. Sigo treinando por mim. Mas ainda não tenho perspectiva de quando vou competir", afirmou Hernandes.
Bicampeão mundial, João Derly admite que podem ter ocorridos problemas no processo de convocação. "Eles [CBJ] estão se adaptando. Tiveram muitos atletas lesionados e os critérios de convocação foram mudados recentemente. Então é normal, nesse período de transição, que aconteça um errinho ou outro", disse o gaúcho.
Os problemas são frutos do novo sistema de classificação olímpico. Ao contrário dos outros Jogos, quando a disputa começava apenas dois anos antes e a vaga era do país, para 2012, com os rankings, quem se classifica é o atleta e o processo já começou. O Grand Slam de Paris, por exemplo, distribui 300 pontos para a medalha de ouro, 180 para a prata e 120 para o bronze.
"Ficou mais puxado, mas embarco motivada e acredito que cada atleta tem que aproveitar ao máximo todas as oportunidades para pontuar no ranking. 2008 foi um ano maravilhoso, mas para garantir a presença em uma outra olimpíada será preciso ter muita concentração, pois toda luta será importante", falou Ketleyn Quadros, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Com a vaga sendo nominal, os judocas terão de competir mais fora do país para marcar pontos no ranking mundial. Em 30 de abril de 2012 serão conhecidos os 22 homens e 14 mulheres em cada uma das 14 categorias de peso (sete femininas, sete masculinas) com passaporte carimbado para a Inglaterra, respeitando-se o limite de um por país.
Caso haja dois representantes da mesma nação, cabe à Confederação Nacional determinar aquele que irá aos Jogos. A esses 252 atletas se juntarão os 14 do país sede, 20 convites da Federação Internacional e outros 100 atletas classificados através de um ranking único (de gênero e categoria) de cada união continental (nas Américas são 21 vagas, 13 no masculino e 8 no feminino, respeitando-se no máximo de dois indicados por categoria e um no máximo por país entre homens e mulheres).
Fonte: Uol
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